Esta disponibilidade mundial não agrada a todo mundo. Por vezes escutamos alguém falar, “Dr. Bach deve estar dando voltas em seu caixão!”
Mas a imagem de Dr. Bach como um homem etéreo, um místico esotérico que repelia as pessoas normais está muito longe de ser verdade. O verdadeiro Dr. Bach costumava organizar noites de cantoria no pub da aldeia e jogava futebol com a garotada dali. O verdadeiro Dr. Bach desafiou o Conselho Médico Geral ao publicar um anúncio nos jornais e quando o Conselho lhe escreveu desaprovando seu gesto ele respondeu prontamente com as seguintes palavras: «O anúncio servia o público o que, pelo que estou sabendo, é o nosso trabalho nessa profissão.»
Dr. Bach ficaria muito agradado de ver seus remédios serem trazidos para o mercado, junto com as couves, pois isso facilitaria às pessoas adquiri-los e usá-los. “Quero que seja tão simples como isso”, ele costumava dizer “você tem fome, vai à horta e tira uma alface para o almoço; você tem medo ou está doente, toma uma dose de Mimulus.”
Na cidade, aqueles que não tem horta compram suas alfaces. Virá o tempo em que, do mesmo jeito, comprarão os remédios florais.
Nós nunca escondemos: manter a simplicidade é tão difícil para nós como foi para Dr. Bach alcançá-la. O nosso desejo de manter o sistema simples e acessível ao maior número de pessoas possível tem nos levado a zonas bem distantes das taças cristalinas, das panelas de fervura e das sumidades floridas. Tivemos que nos desviar até aos regulamentos e diretivas do Concelho da União Europeia, às inspeções oficiais, aos controles de qualidade.
De vez em quando nos deparamos com conflitos e desacordos. De um lado estão aqueles que desejam que os remédios sejam misteriosos, mágicos e exclusivos; do outro lado estão aqueles que – com o mesmo grau de entusiasmo – desejam que os florais sejam vendidos como sabão no supermercado, cuidando pouco dos valores básicos do sistema floral.
Porém, as taças cristalinas, as panelas de fervura e as sumidades floridas continuam presentes. Os 38 remédios e suas mensagens de auto cura são os mesmos desde que Dr. Bach caminhou até Wallingford em 1936 para entregar seu trabalho para o mundo. O Hospital do futuro continua também aqui, bem presente, um santuário de paz, esperança e alegria. Está em nossas mãos escolher descobri-lo ou não.